sexta-feira, 23 de julho de 2010

Tão distante


Ao nascer como tantos a esperança

tão pequeno e feliz

eu era criança.

Mas antes que meus braços pudessem crescer

ela se foi

e o abraço materno eu não pude ter.

Sem canções de ninar e historias de amantes

pela primeira vez eu choreie me senti tão distante...

Passaram-se os anos e eu tão sozinho

quem passava olhava com dó

aquele menino.

Brincadeiras, risos e eu em um canto mudo

tão precoce me vie já era adulto...

E nos palcos da vida com ela eu contracenei

tão sozinha e perdida na vida eu a encontrei.

E sem perceber eu pedi seu semblante

e pela segunda vez eu choreie me senti tão distante...

Meus amigos que trago no peito e em retratos

comigo nos bares beberame também choraram.

E embriagados de dor e de derrotas

abraçaram-se ingenuamentee foram embora...

E hoje o que me restou foi me vicio

minha poesia

cruz e castigo.

E ao escrever agora como antes

com lagrimas no olhar

eu me senti tão distante...

Vinicius D. Souza

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