terça-feira, 3 de agosto de 2010

Circo


Aplausos

No picadeiro a minha vida

Sustentando-se em pé como um bêbado

Um equilibrista.

Aplausos

No palco o poeta chora o amor

Como um palhaço

Que esconde atrás de sua mascara a dor.

Cante

E sorrindo cante um conto

Do quanto é triste e vazio

Não ter sonhos.

Aplausos

Pois darei lugar ao ventríloquo

Que dirá com a Alma

O que a boca jamais havia dito.

Dance

E na dança viva intensamente

E bailando sinta

O que a tua alma sente.

Aplausos

Pois cansado já não tenho lagrimas

As cortinas se fecham

A ver não há mais nada.

Sinta

E ao sentir leve-me contigo

Na lembrança

Da vida como um circo.



Vinicius D. Souza


Nenhum comentário:

Postar um comentário