terça-feira, 3 de agosto de 2010

Dois de mim


E eu que tinha tudo

Hoje sou mudo

Sou cego sou surdo

Mendigo no mundo.

E eu que era lúcido

Hoje sou poeta

Sou louco sou lúdico

Sou puro.

E eu que era um

Hoje sou muitos

Sou dor sou amor

Sou nada sou absoluto.

E eu que era alegria

Era vida

Hoje sou lagrimas

Sem palavras e sem rimas.

E eu sem rimas durmo

E me curo

Enquanto outro de mim vive de novo.

E eu que era tudo

Hoje sou mudo...


Vinicius D. Souza

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